Kamado Argentino BR

qualidade

Desde 2019, o Kamado Argentino tem uma parceria estratégica com o CETMIC da Argentina para o desenvolvimento de matérias-primas exclusivas e controle de qualidade de cada lote fabricado.

A partir de 2021, o CETMIC projetou um protocolo exclusivo de controle de qualidade para o Kamado Argentino.

A avaliação do comportamento dos cerâmicos que compõem o Kamado é submetida aos seguintes estudos e análises das seguintes propriedades:

INSPEÇÃO SENSORIAL COMPORTAMENTO TÉRMICO PROPRIEDADES TEXTURAIS ANÁLISE MICROESTRUTURAL ANÁLISE MINERALÓGICA COMPORTAMENTO MECÂNICO

  1. INSPEÇÃO SENSORIAL

A análise visual e tátil permite ter uma estatística geral em nível perceptivo dos cerâmicos a serem estudados sem a ajuda de instrumentos de medição.

Este estudo pretende obter parâmetros visuais e táteis macroscópicos do forno tipo KAMADO.

  1. COMPORTAMENTO TÉRMICO

As técnicas termoanalíticas são usadas para avaliar qualitativa e/ou quantitativamente o comportamento das pastas cerâmicas em função da temperatura. Informações são obtidas para monitorar o processo de cozimento, determinar a estabilidade térmica dos materiais, quantificar a perda por calcinação, completar a identificação de fases (Conconi, 2010).

2.1- ANÁLISE TÉRMICA DIFERENCIAL

A análise térmica diferencial (ATD) DIN 51004/007 é uma técnica que mede o fluxo de calor em um material em função da temperatura ou tempo em um ambiente controlado. Registra a diferença de temperatura entre a amostra e um material de referência. Substância de referência é designada a um material termicamente inerte que não apresenta mudanças na faixa de temperaturas do experimento. A medida é importante quando a substância estudada apresenta transformações químicas e/ou físicas com troca de calor durante o tratamento térmico. Quando ocorre uma reação que libera ou absorve energia a uma determinada temperatura, a amostra se aquecerá ou esfriará em relação à substância inerte (material de referência). Essa diferença de temperaturas é expressa em reações endotérmicas ou exotérmicas. Em cerâmicas já sinterizadas, essa medida é útil para avaliar a estabilidade térmica. O teste é realizado atingindo temperaturas acima da temperatura de calcinação.

2.2- DILATOMETRIA

A dilatometria (ASTM-E228 DIN 51045-1/5) permite registrar as variações de comprimento de uma amostra em função da temperatura. Dado que toda reação que envolve uma mudança de fase ou aparecimento de líquido causa mudanças volumétricas nas amostras, com essa técnica é possível realizar um acompanhamento dinâmico dos processos de reação e sinterização que ocorrem durante o ciclo térmico das peças. Em cerâmicas já sinterizadas, essa medida é útil para avaliar a estabilidade térmica. O teste é realizado atingindo temperaturas acima da temperatura de calcinação.

2.3- RESISTÊNCIA AO CHOQUE TÉRMICO

Este teste consiste em medir a perda de integridade microestrutural (microfissuras) após ciclos de mudanças bruscas de temperatura, em função da intensidade do gradiente ou em função do ciclo frio-calor. A integridade microestrutural é avaliada por meio de uma propriedade (compressão, módulo de ruptura e/ou módulo de elasticidade). O teste é realizado seguindo as diretrizes das normas IRAM 12616 e ASTM 1171.

  1. ANÁLISE TEXTURAL

DENSIDADE E POROSIDADE

A densidade e porosidade dos cerâmicos são medidas pelo método de Arquimedes (ASTM C373-88-2006). Ambas as medidas estão correlacionadas. Trata-se de um teste no material cozido para determinar a % de volume vazio em um corpo determinado (porosidade) e a quantidade de massa em determinado volume de substância (densidade). Essa propriedade é condicionada pelo grau de vitrificação da massa ou gresificação, que por sua vez determinará outras propriedades do material, como resistência mecânica a esforços (compressão, flexão, tração), desgaste, ataque químico, dureza, impermeabilidade, etc.

A porosidade aberta percentual (P) é a relação entre o volume dos poros abertos e o volume do material expresso percentualmente.

A densidade aparente ou peso específico (bulk density) é a relação entre o peso da amostra seca e seu volume aparente (que inclui os poros).

  1. ANÁLISE MICROESTRUTURAL

MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA

A microscopia eletrônica de varredura (SEM Scanning Electron Microscopy) é uma ferramenta útil para realizar microanálises de cerâmicos. Tem capacidade de ampliação de até 20.000 vezes. Suas principais aplicações são: caracterização microestrutural, identificação de fases cristalinas e transições de fase, composição superficial, topografia superficial e determinação de tamanhos de grão, entre outras.

  1. ANÁLISE MINERALÓGICA

DIFRAÇÃO DE RAIOS X

A difração de raios X permite identificar e/ou quantificar (Método de Rietveld) fases cristalinas presentes nos cerâmicos.

A aplicação dessa técnica pode ter muitos propósitos que permitem estabelecer critérios sobre determinados comportamentos dos cerâmicos (dureza, resistência etc).

  1. COMPORTAMENTO MECÂNICO

❖ MÓDULO DE RUPTURA

O módulo de ruptura, frequentemente abreviado como MOR, (às vezes chamado de resistência à flexão), é um parâmetro de grande utilidade para caracterizar a resistência mecânica de materiais cerâmicos antes de sua ruptura. Para isso, seguimos as diretrizes da norma ASTM C1161-02.